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BIOCOMBUSTÍVEIS

Petistas defendem zoneamento agrícola para produção de etanol

Integrantes da bancada petista na Câmara destacaram na última sexta-feira a produção de biocombustíveis como uma das principais saídas para solucionar o problema do aquecimento global, com o Brasil exercendo papel de protagonista.

Na semana passada, a Agência Internacional de Energia (AIE) divulgou um relatório favorável ao etanol produzido a partir da cana-de-açúcar. Para os parlamentares do PT, a questão da segurança alimentar poderá ser equacionada com a definição de zoneamentos agrícolas (delimitação de áreas para plantar cana), o que evitaria a substituição do cultivo de alimentos pela produção de etanol.
 
Na avaliação da deputada Iriny Lopes (PT-ES), a importância dos biocombustíveis no mundo é indiscutível. O que precisa ser incentivado é o zoneamento agrícola. "Os carros continuarão existindo, precisam de combustível e o planeta não suporta mais a quantidade de gases poluentes lançados no ar diariamente pelos veículos. Cabe aos países produtores de biocombustíveis elaborarem políticas de zoneamento agrícola para evitar a monocultura", explicou. "Os biocombustíveis são a melhor saída para frearmos o aquecimento global".

Iriny alertou, no entanto, que o boom na produção dos biocombustíveis poderá atrair grandes multinacionais para o Brasil e comprometer a produção de grãos. "É preciso haver equilíbrio. A produção de etanol não oferece risco à segurança alimentar, desde que os países, especialmente o Brasil, evitem a entrada de multinacionais para produzir cana-de-açúcar."

Aproveitamento de solo

O deputado José Genoino (PT-SP) afirmou que é possível aumentar a produção de biocombustível sem comprometer a agricultura. "O mundo precisa fazer uma discussão sobre a substituição da matriz energética. O Brasil tem importantes experiências e poderá mostrar ao mundo que é possível produzir etanol respeitando os direitos sociais dos trabalhadores sem comprometer a segurança alimentar mundial", afirmou.

Genoino também ressaltou a importância de políticas de zoneamento agrícola e disse que é fundamental que haja produção de grãos nas entressafras da cana-de-açúcar, nas mesmas áreas ocupadas por este vegetal.

Quanto ao relatório da AIE, favorável ao etanol produzido a partir da cana, o deputado Fernando Ferro (PT-PE) disse que "é o reconhecimento da experiência consolidada de mais de 30 anos na produção de biocombustível no Brasil. O País poderá mostrar ao mundo que é possível reduzir o aquecimento global com fontes limpas de energia produzidas a partir de terras de baixa qualidade de solo e pouca extensão territorial".

Relatório

De acordo com a AIE, até 2050, 25% dos carros do mundo serão movidos a etanol. A entidade afirmou que deve ser feita uma diferenciação entre o etanol de cana-de-açúcar e o de milho. "O etanol de cana produzido nas regiões tropicais e subtropicais, como Brasil, África e Índia, tem excelente características em termos econômicos, de redução de CO2 e baixa exigência de terras", disse a AIE, que garante ainda: o etanol tem papel importante no combate às mudanças climáticas.

Fonte: Informes (publicação da Liderança do PT na Câmara dos Deputados)

19 de Maio de 2008

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