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BIOCOMBUSTÍVEIS

Para Genoino, Brasil deve enfrentar pressões externas e continuar produzindo etanol

Parlamentares da bancada petista na Câmara rejeitaram, na semana do dia 23 de junho, a pressões de multinacionais européias contra a produção brasileira de etanol. Segundo os deputados, ao responsabilizar o etanol pela alta mundial dos preços dos alimentos, o interesse das grandes empresas é tentar impedir que o Brasil e outros países em desenvolvimento, produtores de álcool, ocupem um espaço privilegiado no mercado internacional. De acordo com os parlamentares, ao perceberem a tendência irreversível no crescimento dos biocombustíveis, restou às multis, em geral comprometidas com o setor de petróleo, fazerem acusações "falsas", desmentidas inclusive pela Organização das Nações Unidas (ONU).

"O aumento na produção de biocombustíveis é uma tendência irreversível no mundo. O governo brasileiro está correto ao enfrentar essas pressões internacionais. A preocupação dessas grandes multinacionais é única e exclusivamente com os seus planos econômicos, e não com a segurança alimentar mundial", afirmou o deputado José Genoino (PT-SP). O principal temor das empresas, segundo o petista, deve-se ao fato de o Brasil ser líder mundial em biocombustíveis e ganhar cada vez mais espaço no mercado internacional com exportações de etanol.

Na avaliação da deputada Iriny Lopes (PT-ES), o governo brasileiro precisa agir rápido e deflagrar uma ampla campanha internacional desmentindo as acusações contra os biocombustíveis. "O governo brasileiro precisa desbancar as acusações e mostrar que as críticas estão ligadas aos interesses econômicos das petroleiras, que não admitem perder mercado para países produtores de biocombustíveis. A produção de etanol brasileira não compromete a produção de alimentos. O presidente Lula tem que manter sua posição e não pode se subordinar aos grandes interesses econômicos mundiais", afirmou.

O deputado Pedro Wilson (PT-GO) também rebateu as críticas e sugeriu que o governo brasileiro recorra à Organização Mundial do Comércio (OMC), caso as pressões continuem. "O governo brasileiro precisa fazer um amplo debate para desmentir essas críticas aos biocombustíveis. Se isso não for suficiente, assim como já fizemos no passado, teremos que recorrer à OMC para cessar de vez essas mentiras sustentadas pelas grandes multis", afirmou.

Pedro Wilson adiantou que existe uma previsão de crescimento de cerca de 10% da produção de grãos brasileira para a próxima safra, o que por si só desmente as acusações internacionais. "O Brasil não só tem aumentado significativamente sua produção de alimentos, como também tem melhorado a qualidade de sua produção. A própria ONU já reconheceu a qualidade do etanol brasileiro. Não sei por que essas grandes empresas ainda insistem nessa história", explicou.

 

Fonte: Informes do PT

23 de Junho de 2008

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