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PESQUISA

Mais de 13 milhões de brasileiros subiram de faixa social na década

Estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) divulgado nesta segunda-feira (22/9) indica que 13,8 milhões de brasileiros subiram de faixa social entre 2001 e 2007. Os dados foram definidos a partir dos números da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) de 2007, divulgada na semana passada.

Do total, 74%, ou 10,2 milhões, saíram da classe de renda baixa (até R$ 545,66 de renda familiar), e 3,6 milhões de pessoas passaram da classe intermediária (de R$ 545,66 a R$ 1.350,82) para a classe de renda mais alta (renda familiar superior a R$ 1.350.82).

Para o líder da bancada do PT na Câmara, deputado Maurício Rands (PE), os resultados revelam que o governo do presidente Lula tem cumprido sua proposta. "Tanto a aprovação do governo Lula quanto esse novo estudo do Ipea mostram que o governo do PT tem cumprido a sua proposta de implantar um outro modelo de desenvolvimento, que gere inclusão social, além de combater a desigualdade e a pobreza. Os índices de aceitação do governo Lula mostram que o povo brasileiro cresceu também na sua consciência política, ao manifestar aprovação ao programa progressista de esquerda de redução das desigualdades", destacou Maurício Rands.

Para o deputado José Genoino (PT-SP), os resultados da pesquisa são o maior indicador de como o governo Lula adotou políticas de distribuição de renda. "Essa pesquisa é prova de que houve decisão do governo de incentivar e tomar medidas para tornar efetiva a distribuição de renda. Considerando que o Brasil está construindo um projeto nacional e popular, é fundamental prosseguir com essa opção política", afirmou.

Resultados

Segundo o Ipea, o crescimento da economia e os programas de transferência de renda fomentaram a ascensão das pessoas das classes mais baixas. De acordo com o pesquisador do Ipea Ricardo Amorim, "o que mais chamou a atenção foi a movimentação de pessoas do nível mais baixo para estratos mais elevados. A movimentação deles superou o crescimento da economia. Essa mobilidade social ascendente não se via desde os anos 80", afirmou.

O pesquisador do Ipea considera que a população emergente que estava na classe mais baixa tem baixa escolaridade - 57,1% têm até a 4ª série do ensino fundamental e 1% tem nível superior - e está concentrada nas regiões Nordeste e Sudeste. Moram em centros urbanos 82% dessa população, sendo que 62,5% dos emergentes da classe mais baixa para a intermediária são considerados não brancos (pretos, pardos, indígenas e amarelos).

Já entre os emergentes da classe intermediária, a escolaridade foi um pouco superior - 39% têm até a 4ª série do ensino fundamental e 4% têm nível superior. Quase a totalidade - 90% - dos brasileiros que passaram para a classe considerada mais alta moram em centros urbanos, e 56% dessa população é branca. "Para o bloco mais alto, a qualidade é melhor. O crescimento econômico do mercado de trabalho os alcançou e eles estão conseguindo se inserir de maneira produtiva e duradoura. Ou seja, se esse crescimento econômico for mantido, esse pessoal não volta mais para a situação anterior", observou.

A classe mais baixa passou a representar 27,4% da população, ou 49,7 milhões de brasileiros. No chamado grupo intermediário, estão 66,5 milhões, e a chamada classe de renda mais alta soma 64,9 milhões de pessoas. No Nordeste, as pessoas com renda familiar de até R$ 545,66 representam 49,2% da população. Em 2001, significavam 57,3% dos habitantes.

No Sul e no Sudeste, a parcela com renda mais baixa representava 21,4% da população em 2001. Seis anos depois, significavam 15% no Sul e 16,9% no Sudeste. Ainda no Sudeste, a população com renda familiar superior a R$ 1.350,82 era correspondente a 43,8% do total em 2001, e pelos dados atuais, já chegam a 45,5%. Já no Nordeste, os que estão enquadrados na classe mais alta representam 16,7% do total. Em 2001, respondiam por 14,5%.

Fonte: Informes do PT na Câmara

23 de Setembro de 2008

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