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ECONOMIA INTERNACIONAL
Na tentativa de obter uma resposta coordenada da América do Sul para a crise financeira mundial, o governo brasileiro convidou para uma reunião hoje (27), em Brasília, os ministros da Fazenda e de Relações Exteriores de todos os países da região. Oficialmente, o encontro será uma reunião extraordinária e ampliada do Conselho do Mercado Comum, que reúne os ministros do Mercosul. O Itamaraty quer promover uma troca de informações sobre como cada país está respondendo à crise, para, se possível, criar um mecanismo conjunto de atuação.
Hoje pela manhã, a reunião será apenas entre os sócios plenos do Mercosul - Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai- , com participação do sócio em vias de ingresso - a Venezuela. O encontro deverá ser usado para discutir questões bilaterais, como o pleito argentino para aumento da Tarifa Externa Comum em produtos sujeitos à concorrência asiática. À tarde, o encontro ganha a participação dos ministros de Bolívia, Chile, Colômbia, Equador e Peru, e de enviados do Suriname e Guiana.
Para o deputado José Genoino (PT-SP) o encontro é bastante oportuno. De acordo com o parlamentar, os países emergentes, especialmente os do Mercosul precisam encontrar soluções para as turbulências do mercado mundial. "A reunião é muito importante. Temos que buscar soluções conjuntas dos países da América Latina, especialmente para os que integram o Mercosul. Em um momento de crise é fundamental que países emergentes encontrem suas próprias alternativas para fugir da crise", afirmou.
Genoíno elogiou as iniciativas do governo Lula que visam evitar maiores prejuízos à economia brasileira em função da crise mundial e disse que uma boa alternativa poderia ser a eliminação do dólar nas negociações comerciais entre os países do Mercosul, a exemplo do que o Brasil e Argentina já iniciaram no último mês. "O presidente Lula tem agido com o pé no chão e adotados medidas cautelosas para lidar com os problemas. Nessa turbulência mundial, é fundamental que se adote medidas preventivas. A eliminação do dólar nas negociações comerciais no Mercosul pode ser uma boa alternativa, mas tudo isso exige muita cautela", afirmou Genoíno, ao elogiar a medida provisória (MP 443/08) editada na quarta-feira (22), pelo Executivo, que permite que o governo compre e privatize empresas de qualquer setor, via Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal.
Fonte: Informes do PT na Câmara
27 de Outubro de 2008
