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RELAÇÕES INTERNACIONAIS

José Genoino destaca acerto da política brasileira de integração continental

O deputado José Genoino (PT-SP) previu ontem que o Brasil sairá da crise financeira mundial em boas condições para desempenhar uma posição de destaque com as mudanças que ocorrerão na geopolítica multilateral. O parlamentar explicou que o fortalecimento do país no âmbito internacional deve-se à política externa de fortalecimento da integração com os países do continente e à diversificação e incremento das relações multilaterais. “A política externa do governo Lula marcou uma nova era”, declarou.

Genoino afirmou que, ao invés de apostar em relações bilaterais com os países ricos, o Brasil tem investido na integração de todo o continente e na busca pela reforma das organizações multilaterais como o Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU), a Organização Mundial do Comércio (OMC), e o Banco Mundial.

O parlamentar destacou as posições defendidas pelo Brasil, seja contra a Guerra do Iraque, seja ao tirar a Aliança de Livre Comércio das Américas (Alca) da agenda da diplomacia brasileira, ou ainda ao defender o plebiscito na Venezuela, quando, segundo o deputado, havia uma pressão internacional para desestabilizar e inviabilizar aquele processo político.

“A experiência mostra que essas posições foram corretas tanto na participação do governo nos organismos multilaterais, quanto na defesa de posições autônomas e soberanas na OMC e na organização do G-20, entre outros momentos”, disse.

Unasul

José Genoino ressaltou a importância da integração sul-americana por meio da União das Nações Sul-Americanas (Unasul). “Ela tem que se viabilizar enquanto proposta econômica, comercial e enquanto uma alternativa para viabilizar a ligação, as relações, a malha de infra-estrutura entre os países sul-americanos”, explicou.

O parlamentar advertiu que estão equivocados aqueles que têm assumido a posição de considerar o Brasil como “subimperialista”. Para ele, essa visão compromete a integração e o objetivo de buscar soluções regionais de parcerias para os grandes problemas.

Para Genoino, atitudes como a de defender o calote de dívidas com o Brasil ou procurar arbitragem internacional para resolver conflitos são equivocadas. Ele afirmou que o governo brasileiro acredita que as divergências que surgirem devem ser resolvidas numa relação de parceria, de complementação e de entendimento.

Na opinião do parlamentar, os países pobres não podem entrar em conflito entre si, porque quem sairá ganhando serão os países ricos. “É necessário que os governos progressistas e democráticos da América do Sul tenham uma posição madura de como tratar nossas divergências, porque a possibilidade de países emergentes se fortalecerem vai mudar a geopolítica mundial”, afirmou.

Confira a íntegra do pronunciamento de Genoino aqui.

12 de Dezembro de 2008

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