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RELAÇÕES INTERNACIONAIS

Ferro e Genoino rebatem críticas à política externa do governo Lula

Os deputados Fernando Ferro (PT-PE) e José Genoino (PT-SP) rebateram na última semana, em plenário, as críticas reiteradas que diplomatas aposentados, que serviram ao governo FHC, têm feito à política externa implementada pelo governo Lula desde 2003. Ambos questionaram posições conservadoras - expressadas por pessoas como o ex-chanceler Luiz Felipe Lampreia, o ex-embaixador do Brasil em Washington, Rubens Barbosa e o ex-ministro de FHC Francisco Weffort - favoráveis à aproximação com os países ricos e críticos ao estreitamento das relações do Brasil com países em desenvolvimento, como os da América do Sul.

Fernando Ferro disse que a América Latina passa por um momento histórico, o que deve ensejar o estreitamento de relações e a maturidade no tratamento de questões localizadas nos conflitos por uso de energia e das terras de fronteira. Ele se referia a países como Bolívia, Equador e Paraguai, que têm questionado contratos com o Brasil.

Para a oposição, o Itamaraty deveria endurecer a posição contra esses países. Ferro, entretanto, observou que "soa estranha essa atitude de tensionar com um parceiro sem esgotar as vias da diplomacia e da política de integração que estamos vivendo, fato que em raros momentos tivemos neste continente".

Conservadorismo

Para Genoino, o pensamento conservador, expressado pelos críticos à ação do Itamaraty no governo Lula, indica que se quer "retomar a tese da fracassada, principalmente agora, dos pressupostos do modelo neoliberal". Ele apontou diferentes êxitos da política externa do governo Lula, sob o comando do chanceler Celso Amorim.

"Os críticos da política externa de nosso governo estão equivocados. É uma visão ideológica, preconceituosa. O professor Francisco Weffort usa termos como populismo. Ele pegou o termo do populismo para fazer uma oposição à política externa do presidente Lula. Achei um argumento artificial, preconceituoso, sem fundamento. As relações comerciais; as relações de importações e exportações; a abertura que se deu em muitos países emergentes, parceiros da América do Sul; os números de nossa balança comercial; os números dos investimentos; falam por si só."

Tanto Genoino como Ferro destacaram a importância da integração sul-americana, como a criação da Unasul - cuja viabilização exigiu papel destacado do Brasil, sobretudo do presidente Lula. Genoino apontou também a proposta de criação de um Conselho Sul-americano de Defesa.

15 de Dezembro de 2008

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