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RELAÇÕES INTERNACIONAIS

Combate ao protecionismo é fundamental, defende Lula

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva advertiu, em entrevista ao jornal americano The Wall Street Journal, que uma crescente onda de protecionismo por parte dos países ricos ameaça as economias do mundo emergente. Ele citou, como exemplo, a cláusula para compra de produtos americanos incluída no mais recente pacote de estímulo aprovado pelo Congresso dos Estados Unidos, ainda que ela tenha sido modificada para assegurar que o país cumpra regras de comércio internacional.

Lula disse ainda que a crise financeira global ameaça o desenvolvimento e reivindicou ajuda financeira e outras medidas para prevenir a maior disseminação da crise. "Não podemos aceitar a ideia de que, por conta da irresponsabilidade de banqueiros e por conta da irresponsabilidade de uns governantes, que não fiscalizaram e não regulamentaram, o mundo pague a conta, sobretudo o povo mais pobre", afirmou.

A entrevista ao The Wall Street Journal antecede uma visita de Estado do presidente Lula aos Estados Unidos neste final de semana. Segundo o presidente, conter o protecionismo é a grande prioridade na reunião programada para este sábado. "Qualquer protecionismo poderá, no curto prazo, parecer favorável, mas no longo prazo será uma lástima para os países, e sobretudo na economia global, levando em conta necessidades que os países mais pobres têm de vender produtos para os países mais ricos".

Na avaliação do deputado Dr. Rosinha (PT-PR), "é interessante observar que países que antes dominavam o mundo e exigiam tratados de livre comércio, agora são os primeiros a se protegerem, quando já existe cláusula contrária na OMC (Organização Mundial do Comércio) contra o protecionismo", disse.

O jornal espanhol El País, em matéria publicada na última segunda-feira, destaca que Brasil e os Estados Unidos teriam interesse em fechar um acordo para aumentar a exportação de petróleo e derivados brasileiros para o território americano. Segundo o diário, o governo de Barack Obama quer por fim à sua dependência energética da Venezuela.

Na avaliação do deputado José Genoino (PT-SP), a imprensa internacional dá o justo destaque ao encontro entre os dois líderes. "Esse é um encontro fundamental, pela agenda entre Estados Unidos e Brasil, pela agenda dos Estados Unidos com a América do Sul, e a agenda dos países com a crise internacional. Acho que estamos em uma nova fase de ação entre Brasil e Estados Unidos", afirmou. Ele acrescentou que, além dos temas colocados pelo presidente, é hoje fundamental que o Brasil marque sua posição em favor do uso do etanol.

12 de Março de 2009

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