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ECONOMIA

Crise mundial é principal debate da Câmara amanhã

O plenário da Câmara discute em Comissão Geral, amanhã, às 10h, os efeitos da crise financeira mundial. Segundo avaliação de integrantes do governo e de deputados petistas, o Brasil atravessa a crise com uma situação econômica e números que o colocam em um patamar diferenciado para enfrentá-la.

Em palestra para investidores, empresários e membros do governo ontem, em Nova York (EUA), o ministro da Fazenda, Guido Mantega, destacou que em outras crises o País era obrigado a elevar a taxa de juros para evitar a fuga de capitais, o que aumentava o desemprego e provocava a queda do Produto Interno Bruto (PIB). "Hoje tomamos medidas anticíclicas. Estamos baixando a taxa de juros, aumentando investimento em infra-estrutura e ainda temos bala na agulha". Segundo Mantega, o governo não esgotou a política monetária que pode ser feita. "Temos as reservas dos depósitos compulsórios em R$ 160 bilhões, nossas taxas de juros ainda são altas e o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) está à disposição dos empresários", acrescentou.

Além disso, afirmou, as medidas que o governo tomou já mostram uma retomada no consumo. "Eu acredito que seremos um dos primeiros a sair dessa crise. A curva de consumo geral já está em franca recuperação", disse.

Segundo os últimos dados do IBGE, as vendas do comércio voltaram a crescer em janeiro, após uma sequência de três meses de queda. Houve alta de 1,4% em janeiro sobre dezembro; 6% em relação a janeiro do ano passado e 8,7% nos 12 meses encerrados em janeiro.

Emprego

Mantega destacou ainda que, enquanto a maioria dos países está esperando uma grande diminuição do emprego, haverá saldo positivo de empregos em 2009 no Brasil. Ele citou que, em 2008, a diferença entre admissões e demissões ficou em 70% - ou seja, "70% a mais de admissões do que de demissões", disse. "Em 2009, esperamos 20% a mais de admissões do que demissões".

Também em Nova York, a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, acrescentou que o Brasil tem "margem de manobra na política fiscal e na política monetária" e disse que o governo não espera recessão no País. "Hoje, o governo brasileiro é parte da solução e não do problema".

Prioridade

Na Câmara, a avaliação do deputado José Genoino (PT-SP) é que o debate sobre a crise agora é importante no Congresso porque "é necessário discutir uma agenda substantiva, e não picuinhas. A bancada do PT tem no debate sobre a crise uma das suas prioridades", disse, lembrando que o Brasil enfrenta bem os reflexos da turbulência tantos nas medidas internas como nos foros internacionais. "Vamos fazer um debate sobre a crise e não lamentações ou demonstrações de perplexidade".

Segundo o deputado Vignatti (PT-SC), presidente da Comissão de Finanças e Tributação, o Brasil conta hoje com diferencial em relação aos demais países. "Ao contrário de muitos países já atingidos, não gastamos quase nada da nossa ' gordura' para enfrentar a crise: preservamos nossa reserva internacional (volume de dólares que o país tem em caixa, hoje cerca de US$ 200 bilhões) e temos grande capacidade de investimento de recursos em crédito. Além disso, nossos bancos não quebraram e podemos, inclusive, construir uma nova regulamentação do sistema financeiro, para dar mais solidez ao sistema", defendeu.

Fonte: Informes do PT na Câmara

17 de Março de 2009

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