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25 ANOS
Diretas Já: Voto precisa ser fortalecido com reforma política diz Genoino
Luiz Alves |
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Decorridos 25 anos da mobilização que entrou para a história da democratização no Brasil, das Diretas Já, - 26 de abril de 1984, o deputado José Genoino (PT-SP) defende que o País fortaleça ainda mais o poder do voto cidadão com uma reforma política que aprimore e corrija falhas do sistema político eleitoral brasileiro. De acordo com o petista, a conquista do voto direto foi uma vitória da democracia brasileira e precisa ser preservada integralmente.
“O Brasil tem uma democracia de massa eleitoral, porém precisamos aperfeiçoá-la e não enfraquece-la. A campanha das Diretas Já foi um marco. Mesmo com a rejeição da emenda constitucional (Dante de Oliveira) que previa o voto direto para a eleição de presidente em 26 de abril de 1984, a luta continuou e hoje todo poder emana do povo e só pode ser exercido por meio do voto. É dever do Congresso estabelecer mecanismos que aprimorem esse direito constitucional”, defendeu o petista. Genoino era deputado da bancada do PT na época da votação da emenda.
Diretas JáJá era madrugada de 26 de abril de 1984 quando o então presidente do Congresso, senador Moacyr Dalla, do PDS do Espírito Santo, anunciou o resultado da votação na Câmara da emenda Dante de Oliveira, que restabelecia as eleições diretas para presidente no Brasil: 298 a favor, 65 contra e 3 abstenções. Faltaram 22 votos para atingir o quórum mínimo e a proposta nem foi submetida ao Senado. O Plenário e as galerias lotadas explodiram em choro e protestos.
A votação da emenda Dante de Oliveira foi o ápice do movimento das Diretas Já, que num período de 15 meses envolveu o Congresso e representantes da sociedade civil organizada e se espalhou pelo País inteiro. Dez dias antes da votação da emenda, cerca de 1,5 milhão de pessoas se reuniram no Vale do Anhangabaú, em São Paulo, no comício de encerramento da campanha nacional pela aprovação da emenda.
E, por outros caminhos, usando as armas do Colégio Eleitoral criado pelo regime militar, os perdedores de abril venceram. Em janeiro Tancredo Neves foi eleito presidente da República e encerrou o ciclo de 20 anos de presidentes militares, reabrindo ao País os caminhos da democracia.
Fonte: Informes do PT na Câmara
28 de Abril de 2009