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José Genoino elogia postura da diplomacia brasileira em acordo com Irã e Turquia


A atuação do governo brasileiro, ao lado do governo da Turquia, na busca por um acordo nuclear com o Irã foi elogiada pelo deputado José Genoíno (PT-SP). Segundo ele, o episódio serviu para o Brasil consolidar “seu protagonismo na agenda política internacional, inaugurar uma política de consenso, fortalecer sua reputação de parceiro confiável, e consolidar uma relação de confiança e de amizade paciente, às vezes caminhando no fio da navalha, com os países árabes”.

O parlamentar identificou posturas diferentes adotadas pelas mídias nacional e internacional quando tratam do acordo entre Brasil e Irã. Segundo Genoíno, a mídia nacional preferiu, “em um plano simbólico”, alinhar-se com a política de crítica dos países mais ricos, basicamente os Estados Unidos e os países europeus.

Já a mídia internacional, na opinião do deputado, teria identificado uma mudança na orientação diplomática mundial. Ao citar os jornais ingleses The Guardian e Financial Times e as agências de notícias Associated Press (Estados Unidos) e EFE (Espanha), o parlamentar afirmou que esses veículos teriam destacado a força da diplomacia Sul-Sul e a mudança de rota das relações multilaterais protagonizadas pelos emergentes, com destaque para o Brasil.

“Como disse o diretor do Projeto Irã na New American Foundation e ex-responsável pelo Oriente Médio no Conselho de Segurança Nacional dos Estados Unidos, Flyn Leverett: ‘Brasil e Turquia são potências em ascensão e assumem significativa influência em uma importante questão de paz e segurança internacional. Mostraram de forma polida, mas clara, que Washington não tem o controle unilateral na discussão do programa nuclear iraniano’”, destacou José Genoíno.

Na avaliação do deputado, o Brasil, ao longo do processo com o Irã, marcou uma diferença importante em relação às negociações anteriores. “Vamos enfrentar a crise do Irã pela via do confronto, da sanção [como indicariam os países ricos ou vamos iniciar pela via da negociação? O caminho é o consenso ou é o enfrentamento? A política de enfrentamento não é mais adequada, porque ela se dá numa situação limite”, argumentou.

Para Genoino, essa postura permitiu o protagonismo do País em diversos fóruns, como a Conferência do Clima em Copenhague, em 2009, e trouxe para o Brasil eventos globais,como Copa do Mundo de Futebol de 2014.

Jornal da Câmara

21 de Maio de 2010

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