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ONU enfatiza importância de acordo entre Brasil, Turquia e Irã


O secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, qualificou nesta sexta-feira como importante o acordo obtido nesta semana entre Brasil, Turquia e Irã para que ao Irã envie seu urânio para enriquecimento no exterior. "Esperamos que esta e outras iniciativas permitam uma solução negociada", acrescentou.

O secretário-geral da ONU destacou a necessidade de que a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) avalie o acordo nuclear com o Irã do ponto de vista técnico e "profissional". Fechado na segunda-feira, o acordo inclui o compromisso do Irã de enviar ao exterior, especificamente à Turquia, uma quantidade de 1,2 mil quilos de urânio pouco enriquecido para receber no prazo de um ano 120 quilos do combustível enriquecido a 20%, nível suficiente para o reator médico pretendido pelo país.

As declarações de Ban ocorrem enquanto o Conselho de Segurança da ONU analisa a proposta dos Estados Unidos de aplicar uma quarta rodada de sanções internacionais ao Irã por causa de seu polêmico programa atômico, suspeito pelas potências ocidentais de ter fins bélicos, o que é negado pelo regime de Teerã.

O projeto de novas sanções conta com o apoio dos cinco membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU - EUA, Rússia, França, China e Reino Unido, os países com direito a veto de resoluções. Eles querem que o Irã detenha o programa de enriquecimento de urânio.

Brasil e Turquia, dois dos dez membros não-permanentes do Conselho, se opõem às novas sanções e defendem negociações diplomáticas para o fim do conflito. Ambos os países consideram o acordo obtido com o Irã um "triunfo da diplomacia" que abriria novas vias para negociar uma solução pacífica ao contencioso. No entanto, os EUA e outras potências ocidentais acham que o Irã tenta apenas, mais uma vez, ganhar tempo para poder continuar com suas aspirações nucleares.

Articulação - Na Câmara, o deputado José Genoino (PT-SP) destacou o papel do Brasil na articulação multilateral comercial e econômica com vários países e disse que a participação do Brasil no acordo com o Irã tem de ser analisada pelo papel crescente do protagonismo internacional do país ao longo dos oito anos do governo Lula.

"Nós temos os dados aqui para comprovar essa conclusão. Primeiro, o Brasil foi decisivo para transformar o G-8 no G-20, este que significa o grupo dos países ricos, no qual o Brasil tem assento. Portanto, em todos os assuntos que o G-20 pode discutir, o Brasil tem o dever de discutir", disse. Além disso, afirmou, "o governo Lula consolidou a relação democrática com o mundo através da paz, da não intervenção e da autonomia dos povos. E consolidou a defesa dos direitos humanos da mais ampla liberdade de informação", destacou.

Agência Informes

21 de Maio de 2010

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