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Atividades de inteligência - José Genoíno: comissão mista não é espaço para alimentar brigas eleitorais


Durante a reunião da Comissão Mista de Controle de Atividades de Inteligência, o deputado José Genoíno (PT-SP) reagiu às declarações do delegado aposentado Onézimo de Souza e disse que o colegiado não é o espaço para alimentar brigas eleitorais.

“Esta comissão não deve se transformar em cenário e em palco para que a gente possa fazer aqui um cotejamento de matérias de jornais envolvendo suposições e insinuações”, disse o deputado.

Interferências - Já o vice-presidente da comissão, deputado Emanuel Fernandes (PSDB-SP), disse que o objetivo é apurar se há interferência de empresas privadas de espionagem nas atividades oficiais de inteligência do País. “A minha preocupação aqui é com o uso da estrutura do Estado, numa atividade que é necessária para o Estado - a atividade de inteligência”, afirmou o parlamentar. “O que queremos saber é até que ponto podemos ter flexibilidade nas atividades de inteligência, haja vista que há essa sobreposição entre atividades de Estado e atividades privadas”, acrescentou.

A oposição pretende ouvir ainda o sargento da Aeronáutica Idalberto de Araújo, que participou da reunião onde a coordenação de imprensa da campanha do PT teria encomendado o dossiê contra os tucanos.

A comissão mista pediu informações à Aeronáutica sobre a data em que o sargento deu baixa do Serviço de Inteligência. Se a reunião com o PT tiver ocorrido quando ele ainda era servidor público, o convite de depoimento pode se transformar em convocação.

Punição - Na opinião do senador Álvaro Dias (PSDB-PR), é preciso punir atos ilegais dos partidos. “Vamos responsabilizar apenas os prepostos, os coadjuvantes, os subalternos? Isso precisa acabar. A corda sempre arrebenta para o lado mais fraco no nosso País. Esse é um fato recorrente: o crime existe, o criminoso não”, ironizou.

O senador Eduardo Azeredo (PSDB-MG) perguntou a Onézimo de Souza se ele tem influência sobre órgãos oficiais da Inteligência, podendo receber informações privilegiadas. O ex-delegado garantiu que não, apesar de ter vários amigos trabalhando para setores estratégicos de segurança do governo. (Com informações da Agência Senado)

Agência Câmara

18 de Junho de 2010

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