Opinião

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NOTAS POLÍTICAS

Nota 25 - Porque votar em Michel Temer

A bancada do PT na Câmara dos Deputados decidiu por unanimidade apoiar Michel Temer integrando e participando ativamente da sua campanha.

Esta decisão se amparou no acordo que garantiu a vitória do Arlindo Chinaglia em 2007. Naquela ocasião o PMDB votou no PT. Agora, em 2009, o PT deve honrar aquele acerto político e votar no PMDB.

Na Câmara dos Deputados, esta aliança avançou nos dois últimos anos. PT e PMDB estreitaram relações e trabalharam juntos, dando conta da pauta da Câmara e dos interesses do governo no parlamento. O PT está reivindicando compor a mesa da Câmara e o PMDB concorda: a primeira vice-presidência será ocupada por Marcos Maia e Odair Cunha será o terceiro secretario. A candidatura de Michel Temer é apoiada por um bloco de 13 partidos, inclusive da oposição, o que lhe dá um caráter institucional e pluripartidário.

O cumprimento deste acordo é fundamental para o estabelecimento de uma boa governabilidade na Câmara dos Deputados. A experiência, como bancada de situação, nos mostrou que o respeito à proporcionalidade e o fato do presidente da casa ter o respaldo das maiores bancadas da Câmara dos Deputados são condições indispensáveis para a estabilidade das disputas políticas. O parlamento brasileiro mostra sua maturidade e responsabilidade com o país ao agir sob tais princípios.

Ainda mais se levarmos em conta a agenda que teremos que cumprir. Colaborar com o governo no gerenciamento do impacto da crise econômica global, acompanhar a agenda social, concluir as reformas tributárias e política são alguns dos pontos que estarão no centro do debate parlamentar deste ano.

Além disso, o PMDB está na coalizão do governo Lula e estamos trabalhando para que esta aliança se consolide em 2010. A vitória de Michel Temer é essencial para isso. Não devemos criar instabilidades políticas ou sobressaltos institucionais em momentos como este. A continuidade do nosso projeto depende, também, da nossa capacidade de perceber, nas disputas exclusivamente parlamentares, qualquer possibilidade de "ruídos" que possam colocá-la em risco.

Para concluir, não posso deixar de expressar minha visão autocrítica do comportamento imaturo que tivemos em alguns momentos quando éramos oposição, quando lançamos candidato à presidência da Câmara dos Deputados apenas para marcar posição.

30 de Janeiro de 2009

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