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NOTAS POLÍTICAS
A notícia de que o arcebispo da Paraíba, Dom Aldo Pagotto, proibiu o deputado federal Luiz Couto (PT-PB) de celebrar missas e de exercer o sacerdócio é mais um episódio revelador da intolerância religiosa e do distanciamento de alguns setores da Igreja Católica dos conflitos humanos contemporâneos.
Ser contra a discriminação dos homossexuais e a favor da camisinha não são apenas pontos de uma plataforma para tornar o mundo mais justo e sem preconceitos - e por isso, estão no programa do PT. Também significam conquistas fundamentais para os direitos humanos e para a cidadania. Além disso, (e talvez por isso) a maioria das correntes religiosas já debatem estes pontos há muito tempo.
Conheço as posições e a fidelidade religiosa do companheiro Luiz Couto, testemunho sua tolerância e a postura democrática no tratamento destas questões. É firme nas suas concepções religiosas, mas não tenta impô-las de modo maniqueísta aos outros nem se julga dono da verdade.
Quero, publicamente, me solidarizar com este companheiro, que dedicou sua vida à defesa dos direitos humanos, a luta contra os preconceitos e a conquista da justiça social. Ser contra a homofobia e a favor do uso de preservativos torna o deputado Luiz Couto ainda mais digno e valoroso.
04 de Março de 2009