Opinião

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NOTAS POLÍTICAS

Nota 33 - Consolidar nosso projeto

Tenho expressado em debates e notas minha convicção de que a disputa eleitoral de 2010 será uma das mais radicais que o Brasil já viveu desde a redemocratização. O que estará em jogo serão os destinos do país e a polarização será, de um lado, o PT e seus aliados e, no outro, a direita e os neoliberais derrotados em 2002, representada pela aliança PSDB/DEM, que já está dando demonstrações de que fará de tudo para interromper a continuidade do nosso projeto. Porque eles sabem que mais um mandato presidencial é o suficiente para consolidar um projeto que está colocando o país num caminho que a direita sempre combateu. Crescer com distribuição de renda, capacitar o estado para uma intervenção decisiva na economia, patrocinar programas sociais e políticas antidiscriminação, agir soberanamente e ativamente na disputa política mundial, produzem uma realidade antagônica ao projeto demotucano.

Este enfrentamento exigirá uma tática eleitoral e uma estratégia política assentadas na convicção de que a tarefa histórica do PT ainda está em curso e que o papel do partido não se esgota nem será modificado em 2010. Na verdade, as exigências serão maiores.

Por isso, tenho a convicção que a continuidade do nosso projeto só será possível se alcançarmos um grau elevado de unidade interna. Como em todos os grandes embates que o PT enfrentou até hoje, nossa unidade é mais do que decisiva, ela é imprescindível para a vitória.

A base desta unidade é o entendimento que a centralidade estratégica é a eleição da companheira Dilma. Ela subordina todas as outras esferas da disputa e orienta todos os movimentos políticos do PT da mesma forma que a eleição de Lula submetia todas as nossas ações até 2006.

A nossa vitória em 2010 e a continuidade do nosso projeto político está vinculada a nossa capacidade de aglutinar movimentos sociais e referências políticas, de solidificar um bloco de esquerda no país e de agregar forças políticas de centro, principalmente o PMDB, em torno deste centro estratégico que é eleger Dilma presidente do Brasil.

A eleição de uma grande bancada de deputados e senadores e a construção de palanques estaduais unitários é uma exigência deste objetivo, independente do PT estar na cabeça da chapa.

Isto exigirá do nosso partido uma elevada capacidade de direção. Porque a vitória da Dilma e a conquista de uma maioria no Congresso Nacional determinam os objetivos e interesses regionais e os projetos e carreiras individuais.

A próxima direção partidária terá, também, a responsabilidade de coordenar a elaboração do nosso programa, que deverá refletir a nossa experiência de governar por 8 anos e as mudanças que ocorreram no Brasil e no mundo. Nosso programa não deverá ser apenas de continuidade, deverá propor avanços sobre o que foi conquistado.

Por isso, em minha opinião, é muito importante construirmos um consenso em torno de um nome para presidente do PT. A construção de uma candidatura única a presidência nacional e a unidade em torno da necessidade de um alto grau de representatividade da próxima Comissão Executiva Nacional e do Diretório Nacional são passos fundamentais para nossa vitória em 2010.

25 de Maio de 2009

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