Opinião

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NOTAS POLÍTICAS

Nota 35 - O manifesto da bancada federal ao PT

Na semana passada, um conjunto de deputados do PT divulgou um manifesto ao partido que chamou atenção não apenas pelo fato de ser assinado por 54 deputados de várias tendências internas, como também pelo conteúdo da sua mensagem de chamamento explícito à unidade partidária, tendo em vista o sentido estratégico da disputa de 2010.

Em primeiro lugar, o documento chama a atenção para o fato de que os grandes objetivos a que o PT se propunha em 2002 foram conquistados ao longo destes anos de governo Lula. Milhões de pessoas foram resgatadas da miséria absoluta e incluídas na sociedade. O Brasil cresceu com distribuição de renda, preservando seu patrimônio da fúria neoliberal. Fortalecemos nossa relação com os países da América Latina e África, derrotamos a ALCA e nos livramos do FMI. Hoje o Brasil e o Governo Lula são referências mundiais como uma alternativa política que está dando certo e que enfrenta uma crise global com eficiência e responsabilidade.

Corretamente, o manifesto deixa claro que tudo isso foi resultado do processo histórico de construção e amadurecimento do PT. “Desde o seu nascimento, há quase 30 anos, (o PT) denuncia o processo cruel, perverso de concentração de renda, de marginalização do nosso povo. Lula, sem dúvida, seguiu a rigor o programa do partido, e levou à frente o maior programa de distribuição de renda do mundo.” Isto é, não podemos ter dúvidas quanto ao caráter democrático e popular - e de esquerda - do programa vitorioso implantado nestes dois mandatos do Presidente Lula.

Esta certeza produz o alicerce político e estratégico que deve sustentar nossa unidade interna: “Não podemos permitir que o governo Lula se constitua apenas num fugaz e fulgurante momento de nossa história para depois voltar à esteira da concentração de renda e da submissão aos grandes países do mundo. As grandes transformações requerem tempo. Resgatar a imensa dívida social com o nosso povo requer determinação e políticas públicas comprometidas com isso. O nosso governo nunca perdeu isso de vista”. Por isso, todos os petistas deverão ser incansáveis na luta “para eleger a presidenta Dilma” e conquistar, assim, o terceiro mandato de um governo comandado pelo PT. “Sem dúvida, um feito inédito na nossa história. Um feito do povo brasileiro e do PT que nós, sempre ao lado dos partidos aliados, pretendemos continuar. Dar sequência à revolução democrática que apenas iniciamos, para tornar cada vez mais o Brasil um país de todos”.

Este projeto de futuro, de continuar mudando o Brasil para torná-lo um país justo, democrático e desenvolvido é aquilo que norteia e dá sentido a todos os outros. É por isso que o PT “não pode ser refém de políticas pequenas, de mesquinharias, de guerras de tendências. Não pode se render à luta por cargos na máquina partidária, nem ser patrono de carreiras individuais”.

Esta unidade se concretiza, também, no entendimento da necessidade de construirmos uma única candidatura para a presidência nacional do PT e de uma direção partidária altamente comprometida com este projeto, com grande representatividade e elevado espírito coletivo.

Encerrando, o manifesto destaca que o IV Congresso do PT “será o momento de definirmos melhor nosso papel estratégico, de longo curso. Desse congresso, certamente, emergirá um novo partido – aquele que resgata tudo que a história já lhe ensinou, e aquele, que diante das extraordinárias transformações do Brasil e do mundo, toma novas posições políticas e teóricas, capazes de torná-lo contemporâneo de seu tempo”.

08 de Junho de 2009

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