Opinião

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NOTAS POLÍTICAS

Nota 37 - O momento é favorável, mas temos muitos desafios

Uma pesquisa realizada pelo Instituto GPP, divulgada no blog do ex-prefeito César Maia não teve a repercussão condizente com a importância de alguns dados ali revelados. Entre os dias 11 e 14 de junho, foram ouvidas 2 mil pessoas que confirmaram aquilo que outros institutos já vinham detectando. Isto é, recordes de aprovação do governo Lula e uma acelerada redução da distância entre Serra e Dilma na preferência dos eleitores.

Mas esta pesquisa traz algumas novidades. A primeira é que sem Ciro Gomes na disputa presidencial, esta distância cai de 25 para 17 pontos (42x17 para 46x29). Sendo que, neste cenário, Dilma ultrapassa Serra no nordeste (37x41). Este dado merece a maior atenção por parte do PT e de seus aliados, pois eles revelam a complexidade das resoluções que deveremos tomar, tendo em vista a construção uma tática eleitoral adequada a este momento único e histórico que estamos vivendo no Brasil. Que exige a união da esquerda e da base aliada, principalmente com o PMDB.

No entanto, gostaria de chamar atenção, também, para outro conjunto de informações trazidas a tona pela pesquisa. Na percepção dos entrevistados, o PT é o partido que mais defende a redução de impostos (31,6%), que mais defende os trabalhadores (67,7%), que mais defende os pobres (66,1%) e que mais defende a classe média (27%). Além de tudo isso, os entrevistados acham que o PT é o mais indicado para dirigir o Brasil (43,3%). Por isso, a coluna Panorama Político foi certeira na captação deste sentimento ao reconhecer que, nacionalmente, “só dá PT”. (O Globo - 24/06/09)

Tenho defendido constantemente que o nosso grande objetivo em 2010 é eleger Dilma e uma grande bancada de senadores e deputados federais que deem sustentação ao nosso governo e que os palanques estaduais e as candidaturas a governador estejam subordinadas a este propósito e dele são decorrentes! Por isto, estes dois aspectos - a base do governo unida já no primeiro turno em torno da candidatura da Dilma e o alto grau de identificação e simpatia pelo PT - somados aos elevados índices de aprovação do governo Lula devem ser, em minha opinião, os elementos centrais da nossa elaboração estratégica para a disputa de 2010.

Por tudo o que estará em jogo em 2010, não se pode vacilar. A pesquisa do Instituto GPP mostra isso. A esperança depositada no PT é muito grande e não corresponder a este anseio trará, com certeza, conseqüências que impactarão toda e qualquer disputa política nos próximos anos, no Brasil. Por isso, a defesa intransigente do governo Lula e do PT, a busca cotidiana pela unidade da esquerda e da base do governo em torno da candidatura da Dilma e a construção da nossa mais ampla unidade interna, não só no nome de quem vai presidir o PT, mas na chapa para o Diretório Nacional, devem fazer parte da conduta política dos petistas.

Releia aqui a nota “Consolidar nosso projeto

20 de Julho de 2009

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