Opinião

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NOTAS POLÍTICAS

Nota 43 - A parceria Brasil-França é estratégica

Quando se trata de questões relacionadas à Defesa Nacional, qualquer negociação não pode ser vista apenas pelo lado comercial e econômico. Os acordos militares entre Brasil e França devem ser entendidos, principalmente, pelo sentido estratégico e vão bem mais além do que a simples compra de aviões. É uma parceria que se realiza com a transferência de tecnologia, alavanca a indústria de defesa e amplia as trocas comerciais do Brasil com outros países, além da França.

Os acordos abrem uma grande possibilidade de reaparelhamento das Forças Armadas com a fabricação de equipamentos militares no Brasil com grande índice de nacionalização. O País vai se tornar também um grande exportador na área de defesa, gerando emprego e renda em território nacional.

Estes acordos, além de garantirem a transferência de tecnologia contínua, segura e sem restrições, irão possibilitar o desenvolvimento da indústria nacional de defesa com reflexos, inclusive, na fabricação de produtos para fins civis.

Eles atendem a exigência do reaparelhamento das Forças Armadas dando primazia ao acesso a alta tecnologia, construindo uma alternativa para a renovação dos equipamentos militares das Tres Forças.

São acordos baseados em princípios que se adequam as definições da Estratégia Nacional de Defesa, cujos fundamentos são o papel dissuasório e a garantia da presença, do monitoramento e da mobilidade das Forças Armadas.

A vigilância, a mobilidade e a pronta resposta, exigem a integração das Tres Forças numa concepção de preparo e emprego conjunto, de reposicionamento nos espaços do território nacional e domínio da inovação tecnológica e científica no campo da defesa. Por isso, temos que incentivar e estimular o uso dos equipamentos militares de maneira integrada pelo conjunto das Forças Armadas.

Além disso, esses contratos vão permitir o aparelhamento das Forças Armadas para a proteção da Amazônia, do espaço aéreo nacional e das grandes riquezas do pré-sal. Vamos produzir conjuntamente equipamentos que reforçarão a capacidade tecnológica do Brasil de proteger e valorizar suas riquezas naturais. Esse é um componente fundamental da estratégia de defesa do governo Lula.

Com esses acordos o Brasil diversifica suas escolhas estratégicas no cenário interno, regional e mundial, aumentando sua capacidade de pronta resposta. Evidentemente, tudo isto reposiciona o Brasil na geopolítica mundial como uma liderança em ascensão.

16 de Setembro de 2009

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