Opinião

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Nota 45 - Em São Paulo, a decisão sobre 2010 deve ser em conjunto

Mesmo a oposição mais sectária e inflexível não consegue discordar quando se afirma que o governo Lula está colocando o Brasil num patamar de desenvolvimento econômico, de justiça social e de prestígio e influência internacional jamais visto. O governo Lula está se transformando num dos melhores governos da história do Brasil. No entanto, todos também concordam que isto não é garantia da vitória do PT em 2010. O PT, com Lula e os aliados, tem condição para construir uma vitória estratégica de continuidade deste projeto. Por isto, a eleição de 2010 será plebiscitária. Devemos lutar para que nossa candidatura seja a única da base aliada.

Criar as melhores condições políticas para esta vitória é tarefa de qualquer petista e deve ser esta necessidade o centro da elaboração política das instâncias de direção do partido. A construção desta estratégia não é uma tarefa apenas do Diretório Nacional. Ela envolve também as dimensões estadual e municipal de direção, que devem atuar em total conformidade com a construção da vitória da Dilma. Este objetivo condiciona e orienta os movimentos e as articulações estaduais.

No caso de São Paulo esta necessidade se torna mais imperativa. São Paulo não é um estado qualquer: centro econômico do país, concentra 23 % do eleitorado brasileiro e é onde o projeto político da direita brasileira, pavimentada durante 3 décadas de governos estaduais tucanos e pela tradição conservadora do estado, é hegemônico.

Por isso, tenho defendido em debates e textos o seguinte caminho:

1.  Construir um bloco nacional unido em torno da vitória da Dilma, formado pelo PT e demais partidos da base aliada.

2.  Em São Paulo, esta política de alianças deve se basear na construção de um programa alternativo para o governo paulista e numa candidatura única dos partidos que formam a base do governo.

3.  Além de debater internamente os nomes do PT, devemos também estar abertos para avaliar e apoiar nomes de outros partidos, como o de Ciro Gomes, para o governo do estado.

4.  Até o final do ano, a mobilização em torno do Processo de Eleições Diretas (PED) e a defesa do governo Lula devem ser nossa prioridade máxima. A definição do nosso candidato ao governo do estado não é combustível para mobilização e manutenção da ofensividade política do partido. Esta decisão pode ficar para março, conforme calendário aprovado pelo Diretório Nacional, sem nenhum prejuízo político. Por enquanto, toda nossa energia militante deve ser canalizada para construirmos o maior PED da nossa história - revelando assim, mais uma vez, a vitalidade e a força do PT - e para a defesa cada vez maior das conquistas do nosso governo.

5.  A construção da nossa estratégia estadual deve ser conduzida pela direção estadual e sua solução definitiva, em razão do impacto nacional das decisões que se tomarão em São Paulo, deve ser encaminhada em conjunto com o Diretório Nacional, com Lula e com a Dilma.

Para mim, estes são os ingredientes indispensáveis para a construção da vitória do PT em 2010 que, como já disse, é a eleição da Dilma para presidente do Brasil.

Abraços,

José Genoino

15 de Outubro de 2009

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