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O IV Congresso do Partido dos Trabalhadores realizado no último fim de semana desfez qualquer dúvida, bem ou mal intencionada, que poderia haver sobre a influência política, sobre a vitalidade da sua militância e sobre o futuro do PT.
Nosso Congresso foi muito mais do que um evento bem sucedido do ponto de vista organizativo e da disputa política eleitoral. Ele mostrou um partido amadurecido e ciente de suas tarefas. O debate em torno do programa que o partido vai defender nas eleições e o entendimento de que ele é uma proposta, a ser levada para a discussão no interior da coalizão dos partidos políticos que marcharão juntos nas eleições deste ano, é uma expressão deste avanço.
Além disso, o partido se mostrou vivo. Com sua militância entusiasmada e “em forma” para a disputa. Credenciaram-se 1350 delegados, cuja pluralidade e representatividade social são comprovadas não só no conjunto dos movimentos sociais presentes ao encontro, mas no grande numero de emendas proposto ao documento final.
O IV Congresso reafirmou o caráter de esquerda, democrático e socialista do PT ao mesmo tempo em que evidenciou seu papel agregador ao reunir os líderes dos principais partidos aliados na mesma mesa.
Um partido que cada vez mais influencia o mundo e desperta a atenção internacional. Prova disto foi a presença de 200 delegações e 250 observadores internacionais e a ampla cobertura do evento pela imprensa mundial, onde repórteres da CNN dividiam as entrevistas com os da Al Jazeera.
Lula tem razão quando diz que o PT em 2002 já não era o PT de 1989. E assim como o de 1989 não era mais o de 1980, o de hoje é diferente do que o de 2002. Costumo dizer que podemos dividir estes 30 anos do PT em 3 grandes fases. A primeira de 1980 até 1989 como a da construção partidária. A segunda de 1989 até 2002 como a da construção da vitória e, por fim, a experiência de ser governo nestes oito anos do mandato de Lula. Nestes anos todos, administramos cidades e estados, enraizamos o partido nos movimentos sociais e adquirimos respeito internacional. Tivemos muitos acertos e cometemos erros que foram mudando e transformando o PT no grande partido que é hoje.
Por isso, entendo o IV Congresso como o marco de uma nova fase do PT. A consolidação de uma grande coalizão de centro-esquerda e a eleição da Dilma é um feito histórico, cujo alcance estratégico é a consolidação do nosso projeto de transformar o Brasil e a conquista de uma hegemonia política inovadora e progressista. O Brasil, transformado pela ação do governo Lula, vai querer continuar mudando e avançando. O IV Congresso demonstrou que estamos prontos para esta tarefa.
Abraços
José Genoino
03 de Março de 2010
