Parlamento - Pronunciamentos

Versão para impressão  | Indicar para amigo

II Cúpula dos BRICs

Câmara dos Deputados – Detaq
Congresso Nacional – Sessão
Número: 077.4.53.O
Data: 15/04/2010

Deputado Inocêncio Oliveira - Para uma Comunicação de Liderança, pela Liderança do Governo, concedo a palavra ao ilustre Deputado José Genoíno.

S. Exa. dispõe de 8 minutos na tribuna.

Deputado José Genoino - Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, Brasília está sediando 2 importantes reuniões de Chefes de Estado: a IV Cúpula do IBAS (Índia, Brasil e África do Sul) e a II Cúpula do BRIC (Brasil, Rússia, Índia e China). São 2 reuniões de alto nível que, segundo o Embaixador Roberto Jaguaribe, Subsecretário-Geral Político do Itamaraty, representam um reconhecimento, uma atenção especial ao papel do Brasil tanto do ponto de vista do interesse dos investidores em conhecerem as oportunidades que o País oferece, como também do seu papel de liderança. Os líderes da China e da Índia fizeram visita oficial e desembarcaram com uma comitiva representativa de empresários desses países, com interesses estratégicos, comerciais e de investimento em nosso País.

Essa reunião, Sr. Presidente, além da importante discussão que se faz sobre a nova agenda mundial, deixando claro que esse grupo tem contribuído com mais de 50% da expansão mundial nos últimos 5 anos, é representativa, tem peso econômico e tem influência no mundo. Essa reunião, Sr. Presidente, pela sua agenda, pelos assuntos que estão sendo discutidos, tem o significado estratégico de consolidar uma política externa baseada na soberania, na pluralidade, no multilateralismo, no respeito às particularidades de cada país, ao mesmo tempo em que o Brasil desempenha um papel protagonista nessas relações internacionais.

Essa 2 reuniões representam a liderança, a iniciativa e a capacidade do Presidente Lula, que, por uma diplomacia competentemente articulada pelo Ministro Celso Amorim e com a sua própria competência e ousadia ao exercer também o que nós chamamos de diplomacia presidencial, coloca o Brasil numa situação extremamente privilegiada, numa situação importante e de destaque no cenário internacional.

É importante destacar que nessas reuniões os consensos, as convergências são predominantes. Divergências se limitam a um ou outro ponto e são questões secundárias, porque, do ponto de vista dos interesses estratégicos, há amplo consenso em torno do novo desenho econômico, político e geográfico do poder mundial. E o fato de o Brasil estar sediando essas 2 importantes reuniões é uma demonstração de força, de prestígio e de afirmação da nossa soberania.

O interesse, Sr. Presidente, pelo Brasil, o respeito e a consideração pelo nosso País se dão em função de dados hoje divulgados pela imprensa, particularmente pelo jornal Valor Econômico: PIB pode crescer mais de 7% em 2010 — o IPEA prevê uma expansão entre 5,5% e 6,5% em 2010, com a inflação sob controle. Esse dado é fundamental, porque, além do sucesso do Brasil em atravessar a crise do sistema capitalista mundial, focada nos países desenvolvidos, damos uma demonstração de pujança, de vitalidade e de capacidade de crescer com distribuição de renda e geração de empregos.

Outro dado importante, Sr. Presidente: só no primeiro trimestre de 2010, foram criados 657 mil empregos com carteira assinada. Essa é a força de uma política econômica que, ao longo dos sete anos e meio do Governo Lula, deu certo — uma política econômica centrada no crescimento, com distribuição de renda, com geração de empregos e com programas sociais.

É essa realidade, Deputados, que faz com que a Oposição fique nervosa, fique fazendo guerrilha, sem foco programático, porque os números falam por si só. E esses números não são números estatísticos, frios; são vidas: gente que está com emprego; gente que está consumindo mais; empresários que estão tendo mais oportunidades. Crescem as exportações estão crescendo e o interesse em investir no Brasil.

Com os Programas de Aceleração do Crescimento 1 e 2, nós estamos enfrentando os problemas de infraestrutura do País.

Estamos vivendo um momento virtuoso no País: o Brasil está tendo oportunidade, liderança e sorte estratégica. Não podemos perder esta oportunidade, tanto levando em conta a presença do Brasil no mundo, a força da política econômica no País quanto os indicadores internos. Tudo isso compõe a sustentabilidade do nosso crescimento econômico, com emprego, renda e responsabilidade fiscal — esse dado é importante, o Brasil cresce de 5,5% a 6,5%, com a inflação sob controle. Ao mesmo tempo, contamos com sustentabilidade internacional.

Diminuímos nossa vulnerabilidade, a relação subalterna.

O fato de o Brasil ser a sede de duas importantes reuniões de Chefes de Estado é uma demonstração de força, uma demonstração de que o nosso País é protagonista e não mais subalterno. Sentamos à mesa das grandes potências e dos países emergentes com autonomia, proposta e força política.

Tal demonstração eu não poderia deixar de destacar nesta tribuna, mostrando que o Governo do Presidente Lula, com esses números — e poderia citar aqui vários outros dados e indicadores — , está dando certo. Estamos transformando o Brasil; estamos colocando o País no eixo do desenvolvimento econômico e da diminuição da pobreza e da miséria, fortalecendo o nosso papel no mundo.

Por isso, Sr. Presidente, cumprimento a diplomacia brasileira, particularmente o Presidente Lula, por este grande êxito, que é a realização das duas reuniões aqui em Brasília. O ponto relevante não é o simples fato de as reuniões estarem sendo realizadas aqui em Brasília, mas o que elas produzirão em termos do nosso papel e do nosso projeto de crescimento do País, com investimentos, emprego, renda e o otimismo do povo brasileiro.

Muito obrigado, Sr. Presidente.

Busca no site:
Receba nossos informativos.
Preencha os dados abaixo:
Nome:
E-mail: