Parlamento - Pronunciamentos

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CÂMARA DOS DEPUTADOS

Genoino fala sobre os resultados da política econômica do Governo Lula

O SR. JOSÉ GENOÍNO (PT-SP. Pela ordem. Sem revisão do orador.)

Sr. Presidente, quero dar como lido e solicitar a V.Exa. que autorize a transcrição nos Anais da Câmara dos Deputados pronunciamento sobre os bons resultados da economia brasileira. Esses resultados mostram que a política econômica do Presidente Lula tem consistência, continuidade, visão global de como tratar o crescimento da economia em vários setores e, ao mesmo tempo, o da massa salarial e da política de inclusão social.Quero também destacar neste pronunciamento os resultados políticos, econômicos e diplomáticos da visita do Presidente Lula às autoridades da Finlândia, Suécia, Dinamarca e Noruega, em que discutiram, principalmente, a questão dos biocombustíveis, em especial do etanol. Muito obrigado, Sr. Presidente.

O SR. JOSÉ GENOÍNO (PT-SP. Pronuncia o seguinte discurso.) - Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, aimprensa brasileira noticia e comenta, neste 12 de setembro de 2007, os dados a serem divulgados pelo IBGE, ainda hoje, mostrando a expressiva expansão da economia nos dois primeiros trimestres deste ano, sobretudo em relação ao segundo trimestre.

Os dados indicam que a evolução do PIB, projetada para 2007, o situam acima dos 5%, mais próximo dos 6%.

O quadro, portanto, é de um espantoso otimismo e de uma visão eufórica da realidade quanto às perspectivas da economia para o ano.

Essa percepção se pode observar nos comentários positivos da mídia quanto a essa indiscutível performance dos índices econômicos.

Mesmo os mais duros críticos, os adversários mais empedernidos, todos se rendem a esses sinais de avanço seguro e sólido da economia brasileira, aliás já anunciado pelo Presidente Lula em várias oportunidades.

Os números são impressionantes. A explicar tudo isso, tem-se a expansão do crédito, da massa salarial e dos investimentos. Principalmente estes, cujo crescimento revela uma aposta positiva no futuro. Ninguém investe pensando no passado. Isso também comprova que as bases desse crescimento são sólidas e, até certo ponto, capazes de trazer um razoável nível de imunidade a efeitos de desastres econômicos conjunturais, como os que vêm ocorrendo nos EUA, por exemplo.

O fato concreto é que esses investimentos projetam um aumento da produção industrial da ordem de 11% neste ano. Destacam-se grandes setores da indústria, principalmente o automobilístico, o de bens de capital e o eletroeletrônico. Há, por exemplo, dados, ainda que não-oficiais, indicando que em 2007 as vendas de microcomputadores se elevarão a mais de 10 milhões de unidades, o que significa crescimento espantoso em relação aos 3 milhões de unidades vendidas em 2006. Na indústria automobilística, fala-se em não-concessão de férias em janeiro de 2008, devido ao crescimento da demanda de veículos novos, e isso sem considerar o aumento do número de empregos do setor. Outros setores da indústria que apresentam sinais de expressivo crescimento são o de minerais não-metálicos (8,3%), o de produtos químicos, petroquímicos e farmacêuticos (6,4%), o de celulose e papel (4,2%), o de têxteis (4,3%) e o de alimentos e bebidas (3%). E não se pode esquecer de que o setor da construção civil tem previsão de crescimento em torno de 8% no ano.

o lado disso, todos os analistas asseguram que a expansão de crédito e da massa salarial continuam movendo o país. O crescimento da massa salarial já chega a 5,7% nos últimos doze meses, significando isto que haverá maior crescimento ainda, quando incorporarmos aos cálculos os números do último quadrimestre de 2007, em curso. O aumento do estoque de crédito para pessoa física, somente em julho deste ano, comparado ao do mês anterior, foi da ordem de 28%, batendo nos R$279 bilhões. Essa realidade, nas áreas de salário e crédito, são fruto direto das políticas sociais e de inclusão, implementadas pelo Governo do Presidente Lula. Quanto aos investimentos do setor privado é óbvio tratar-se da confiança do empresariado brasileiro e, conseqüentemente, do reconhecimento de que estamos vivendo um momento especialíssimo da história política, econômica e social do Brasil.

E olha que ainda não completamos o primeiro ano do segundo mandato do Presidente Lula.

Aqueles que, sistematicamente, teimam em comparar o desempenho de nossa economia com a de outros países, sempre procurando menosprezar e minimizar os resultados que apresentamos atéaqui, se mostram surpresos e, cada vez mais, sem discurso. Comparava-se o Brasil, por exemplo, com a Argentina. Dizia-se que nosso crescimento pífio em relação ao do país vizinho era a prova dos erros de nossa política econômica. A realidade mostrou-se completamente avessa ao que sustentavam os adversários e críticos do governo Lula. Quem mais ousa comparar essas duas economias diante do quadro de caos que hoje se mostra irreversível no caso da Argentina? Comparavam-nos com os países emergentes. Tudo bem que a China e a Índia têm apresentado crescimento do PIB acima da média mundial. E daí? Nem por isso suas economias podem ser vistas como mais sólidas do que a nossa, se levarmos em conta os enormes desafios sociais que a Índia enfrenta, o que certamente determina um enorme desequilíbrio no modelo de desenvolvimento que adota. E a China, que produz freneticamente para reduzir etapas históricas perdidas num projeto de desenvolvimento econômico com viés hegemônico, com salários simbólicos e regime de trabalho não-democrático?Comparavam, ainda, o que chamavam de baixa performance econômica do Brasil (de Lula) com os ventos favoráveis da conjuntura mundial nos últimos cinco anos (?). Que é isso? Que ventos bons são esses, que mais se assemelham a tornados destruidores de partes socialmente expressivas dessas economias estáveis? Tome-se o exemplo recente e atual dos EUA, com a bancarrota do crédito imobiliário naquele país? Aliás, o crescimento da economia brasileira neste ano de 2007 só não será melhor exatamente porque o abalo sísmico da economia norte-americana fez por reduzir o preço de nossas commodities. Mas, não fora o acerto das políticas do Presidente Lula, o estrago poderia ter sido muito pior.

maginem, portanto, os brasileiros se esses críticos da oposição e da mídia estivesse dirigindo os destinos desse país nessa conjuntura mundial. O que seria de nós? Bem que eles já estiveram no comando deste País há cinco séculos. E qual foi o resultado disso, com as exceções dos governos Vargas, Juscelino e, agora, o do Presidente Lula.

Sem sombra de dúvida que o povo brasileiro cada vez mais confia, admira e se sente feliz com o desempenho do governo do nosso grande Presidente Lula.

Aliás, com sua enorme capacidade de trabalho e com seu maravilhoso descortino político, o Presidente Lula iniciou, no dia 10-09-07, viagem aos países nórdicos, com a finalidade de ampliar relações comerciais, discutir energia, clima e investimentos.
Em especial, falará às autoridades da Finlândia, da Suécia, da Dinamarca e da Noruega sobre biocombustíveis, particularmente sobre etanol. Além desses países, Lula visitará a Espanha, no final desta sua viagem.

Trata-se da primeira viagem oficial de um chefe do Estado de nossa República àqueles países.A propósito, o enviado especial da Folha de São Paulo a Helsinque, Clóvis Rossi, revela que o Presidente Lula concedeu entrevista ao jornal Helsingin Sanomat, mostrando-se completamente otimista com a projeção do Brasil como potência energética, a partir daquilo que o Presidente Lula chama de revolução da matriz energética, com a expansão mundial do etanol.

Segundo Clóvis Rossi, a reportagem daquele jornal da capital da Finlândia lembra que nenhuma decisão pode hoje ser tomada na OMC (Organização Mundial do Comércio) sem levar em conta a posição do G20. É claro que essa observação do citado jornal finlandês vem, precisamente, reforçar o acerto do Presidente Lula quando vislumbra nosso País como potência energética mundial.
Ora, como se sabe, o G20 é o grupo de países em desenvolvimento liderado pelo Brasil, cuja principal agenda consiste na luta pela abertura dos mercados agrícolas protecionistas dos países ricos, que integram o G8 e que, por sua vez, éo grupo dos sete países mais ricos do mundo mais a Rússia.

Essa posição de liderança do Brasil hoje é um trabalho da diplomacia econômica brasileira, com base na postura de liderança política adotada pelo Presidente Lula desde o início do seu governo e consolidada, atualmente, com a projeção que conquistamos no plano internacional.

Tal é o reconhecimento, de acordo com a reportagem do referido jornal finlandês, do peso e da importância que nosso País conquistou sob o governo Lula. Daí que, não é simples pretensão do nosso Presidente o objetivo de alcançarmos o status de potência mundial, mercê principalmente de nossa política energética, voltada ao desenvolvimento da produção da bioenergia renovável e sem riscos à produção de alimentos e ao meio-ambiente.

O Presidente Lula aproveitará sua visita a esses países para pedir apoio do governo daquele país no sentido de oficializar nossa pretensão de nos tornarmos membro do Conselho de Segurança da ONU. O apoio internacional a essa pretensão foi aberto e oficialmente declarado pelo presidente da França, Nicolas Sarkozy, para quem o Brasil deve figurar na composição permanente daquele Conselho e passar também a ser membro do G8, devido à rápida perspectiva de crescimento econômico sustentado e de nossa transformação em parceiro econômico internacional, posição que nosso País passou a ter e a ser.

Indiscutivelmente, o governo do Presidente Lula, tanto no plano das conquistas econômicas, quanto no do avanço das políticas sociais e em tudo o mais que vem realizando é um sucesso de reconhecimento mundial.

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