Trajetória

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1968, 40 anos depois

Onde eles estavam (2)

Revista Isto É
EX-RADICAIS Dilma, da guerrilha à sucessão de José Dirceu no governo

No mesmo mês em que Franklin pisava o Palácio do Planalto para confrontar Costa e Silva, o músico Gilberto Gil lançava, juntamente com Caetano Veloso e outros artistas o movimento tropicalista. Em dezembro, após o AI-5, Gil e Caetano acabaram presos e depois seguiram para o exílio. Era um momento em que Dilma Rousseff não tinha muito tempo para ouvir música. Primeiro na Política Operária (Polop) e depois no Comando de Libertação Nacional (Colina), ela estava na luta armada. Em 1970, foi presa e torturada.

Quarenta anos depois, todos esses personagens encontram- se em Brasília, de alguma forma vinculados ao poder. Franklin é ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social da Presidência e usa gravata todos os dias. Dilma Rousseff é a ministra da Casa Civil, gerente dos programas do PAC e uma das principais apostas do presidente Lula para a sua sucessão. Ela substitui José Dirceu, cassado como deputado por envolvimento com as denúncias do mensalão, mas ainda dono de forte influência no PT. O mesmo PT que foi presidido por Genoino, hoje longe dos holofotes também em conseqüência das denúncias do mensalão. Algumas quadras adiante dos gabinetes de Dilma e Franklin, Gilberto Gil é o ministro da Cultura. Na oposição ao governo, na Câmara, está Fernando Gabeira, parlamentar pelo PV do Rio de Janeiro.

As conseqüências de um ano tão marcante acompanhariam as vidas de todos eles. “Sou filho da luta contra a ditadura, neto da luta contra o fascismo”, diz Franklin. “Aquelas idéias orientam a minha vida política até hoje.” “De uma certa forma, o que vim a fazer depois de 68, com impactos muito importantes na minha música e na minha atitude pode ser projetado para o que continuo fazendo ainda hoje”, reforça Gilberto Gil. “Somos sobreviventes de uma geração que não tinha medo de correr riscos para defender o que acreditava”, diz Genoino.

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