1982-2002

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Bancada de Personalidade

Com a palavra o deputado José Genoino, eleito o novo líder da bancada do PT na Câmara Federal

LD - Diante do quadro de desemprego e crise social no qual o Brasil está inserido, quais são os grandes desafios da Bancada do PT para 1999?

JG - A bancada teve uma decisão política que fortalece o partido e a própria bancada. Enquanto sujeito político, é uma vitrine do partido para polarizar, tanto no Congresso como na relação com a sociedade, para os governos municipais e estaduais do PT; para fazer uma crítica contundente ao modelo que está levando o país ao nível de exclusão insuportável e e apresentar outros rumos para o país, centrados na produção, no emprego, na solidariedade social, na democracia e na defesa da soberania. Portanto, o desafio da bancada é denunciar esse modelo e mostrar que o país pode ter um desenvolvimento solidário, soberano e democrático.

LD - Como se dará a coordenação dos trabalhos da bancada petista?

JG - O compromisso que assumimos - selado com um consenso amplo, com a retirada das candidaturas de João Paulo Cunha (SP) e de Walter Pinheiro (BA) - foi o da Liderança oficializar o coletivo da bancada, com suas especializações e especificidades e, ao mesmo tempo, com a potencialidade, porque essa é uma bancada de personalidade, pela votação que se deu nos estados, pela representação nacional e pela diversidade que a bancada representa. Portanto, o líder tem de trabalhar para o coletivo, organizando núcleos temáticos, uma coordenação política forte e tendo reuniões periódicas da bancada a fim de tomar as grandes deliberações sobre sua tática geral. Ao mesmo tempo deveremos ter uma relação muito estreita com a Direção do partido - até porque temos, na bancada, o presidente do partido - para potencializar a ação da bancada e a ação do PT.

LD - Como superar o desafio de unir os partidos de esquerda?

JG - Esta questão está avançando. Apesar de não funcionarmos como um bloco orgânico, há um compromisso claro de constituição de um colégio de líderes políticos da esquerda, da oposição, com agenda própria e com definições prévias, seja nas reuniões da Mesa, seja no plenário, nas comissões ou na própria pauta. E, ao mesmo tempo, avançando na experiência vivida no processo eleitoral de 98 e nos governos que nós participamos, apostamos numa aliança não só com os partidos de esquerda, mas com segmentos do PMDB que hoje estão com o governador Itamar Franco (MG).

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