1982-2002

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Rodada do Milênio

A conferência ministerial da Organização Mundial do Comércio (OMC) polariza as atenções mundiais. A conferência visa preparar a Rodada do Milênio, quando estariam em confronto duas tendências: uma maior liberalização do comércio mundial, com regras internacionalmente definidas, ou um comércio mais neomercantilista, onde cada país define seus interesses.

No Brasil, Fernando Collor e o presidente Fernando Henrique foram os principais artífices da abertura da economia, que resultou em desnacionalização, pobreza e desemprego. Para legitimar suas políticas, apregoaram que a globalização e a abertura seriam o elixir que nos levaria ao desenvolvimento e à modernização. O mundo teria ingressado numa era de congraçamento e fraternidade universais entre as nações.

Nada mais enganoso: enquanto o Brasil escancarava suas portas, os países mais preparados para competir no mundo globalizado protegiam suas economias. O Brasil, com uma pauta de exportações restrita a produtos primários, sem valor agregado, caminhou para dificuldades crescentes sob o delírio de governos que acreditaram em soluções milagrosas, mas não passaram de aventuras com altos custos sociais.

Agora, em Seattle, o Governo brasileiro, através do chanceler Luiz Felipe Lampreia, critica o protecionismo dos países ricos. Trata-se de uma espécie de reanimação da velha tese do imperialismo, com a qual se procura culpar os outros pela burrice própria, numa clara fuga das responsabilidades. A globalização não eliminou o papel dos Estados nacionais na definição dos interesses econômicos e comerciais e nem o conflito de interesses entre os diversos países. O Brasil perde porque não vem sabendo definir os seus interesses estratégicos, em parte por inépcia do Governo e em parte porque nem sequer definiu uma estratégia de desenvolvimento.

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