1982-2002

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Genoíno defende sistema prisional diferenciado

Principal estrela do Encontro Regional realizado pelo Partido dos Trabalhadores no último sábado na Câmara dos Vereadores de Assis, e candidato a governador do Estado pela sigla nas eleições de 2002, o deputado federal José Genoíno, um dos mais atuantes do Congresso Nacional, defendeu um sistema prisional diferenciado. "Um tipo de cadeia para cada tipo de crime", salientou.

Genoíno disse que é inadmissível que uma pessoa que comete um crime de baixa periculosidade fique em um presídio - ou uma cela - com presos de alta periculosidade. Ele afirmou que a partir do momento em que você diferencia os presos, é muito mais fácil a sua recuperação. "Da forma como está, as cadeias são uma faculdade para o crime, e as penitenciárias são pós-graduação para os criminosos", ressaltou. Ele lembra que os presos de pouca periculosidade poderiam passar por processos que incentivassem sua recuperação, como trabalhos comunitários ou mesmo prisões semi-abertas. "Você desenvolveria um trabalho sócio-educativo com estas pessoas objetivando reintegrá-las à sociedade", afirmou.

Outro aspecto enfocado por Genoíno é a questão das penitenciárias que são transferidas para o interior do Estado. Genoíno é favorável à descentralização das penitenciárias dando contrapartidas às cidades e regiões onde seriam instaladas, como obras que reparassem a população pela instalação destes presídios, e aumentando o efetivo policial na cidade ou região onde o sistema prisional seria construído. "Não acontece isso hoje. O governo decide por uma cidade e lá constrói um presídio sem dar qualquer contrapartida àquela cidade ou região", lembrou.

Ele, particularmente, é favorável à destruição do Carandiru, em São Paulo, distribuindo esta população carcerária com critério, não penalizando demais uma cidade ou região. "O que se sabe, por exemplo, é que o Médio Vale do Paranapanema tem uma grande quantidade de presídios, e o mesmo não acontece com outras regiões", salientou. "E quando isso acontecer, a prefeitura e a região têm que ter uma contrapartida financeira", destacou. "Também é necessário que a cidade ou região tenha um corpo de segurança que garanta a tranqüilidade dos moradores", frisou.

O deputado petista também posicionou-se contrário à existência de presos na delegacia, que deve ter por objetivo o inquérito policial. "Hoje você vê as delegacias cheias de presos em áreas residenciais, isso, além de trazer um sério perigo à população que ali reside, também é ilegal", afirmou.

DROGAS - Genoíno fez comentários também a respeito da disseminação das drogas junto à sociedade. Ele afirmou que o governo deve ser protagonista de amplas campanhas educativas para a juventude, e ao mesmo tempo, atuar de forma forte e firme na repressão contra o narcotráfico. "Não se combate o tráfico de drogas se não mexer com os grandes traficantes que movimentam grandes quantidades de dinheiro", lembrou.

ELEIÇÕES - Genoíno acredita que nas eleições de 2002, a população terá três espectros políticos para escolher: a sua candidatura, a de Geraldo Alckmin (PSDB) e Paulo Maluf (PPB). Para Genoíno, esta será a eleição mais nítida em termos de projetos políticos. "Maluf representa o atraso e um passado que a população condenou nas urnas. E Alckmin representa o tucanato, que é responsável por esta crise econômica que o país vive, gerando milhares de desempregados", ressaltou.

Dentro desta perspectiva, Genoíno afirmou que vem sendo desenvolvido um trabalho de interiorização do PT, procurando levá-lo para cidades menores. E seu objetivo é visitar todas as cidades pequenas e médias do Estado de São Paulo, levando sua proposta de trabalho.

Pronunciando-se a respeito da municipalização de Ensino, Genoíno disse que trata-se de um processo de mão única, que transfere responsabilidades aos municípios e não os recursos suficientes para que seja implementada uma base educacional que prepare os jovens para o futuro. "Trata-se de um modelo, da forma que está sendo implantado, vem se constituindo um desastre", salientou. Além disso, Genoíno lembrou que São Paulo tem uma secretária da Educação, Rose Neubauer, que mais parece uma tzarina do que verdadeiramente uma pessoa que conduz a questão da educação no Estado. "Hoje o professor está de mal com a educação. E isso é inadmissível para que os jovens que freqüentam as escolas do Estado de São Paulo possam ser preparados convenientemente para enfrentar um futuro difícil", lembrou.

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