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Docs. Partidários


Maluf Nunca Mais - 1998

Ao Diretório Regional do PT de São Paulo

Tendo em vista os resultados das eleições do último dia 4 de outubro que definiram a participação de Covas e Maluf no segundo turno, nós membros do Partido dos Trabalhadores encaminhamos ao Diretório Regional e à militância do partido a seguinte posição política para que seja considerada no processo de definição da posição do PT sobre o segundo turno:

1 - Ante as circunstâncias postas pelo resultado das eleições entendemos que é fundamental o partido orientar seus filiados e militantes para que combatam a volta do malufismo ao governo do Estado de São Paulo. Maluf tem um passado de comprometimento com a ditadura e com a repressão; expressa o valor do "rouba mas faz"; tem uma longa folha corrida de improbidade administrativa como superfaturamento em licitações públicas, escândalo dos precatórios, frangogate, etc. Nos governos que exerceu mostrou-se irresponsável administrativamente comprometendo os recursos públicos e destruindo os aparatos e meios de aplicação do políticas públicas nas áreas da saúde, educação e habitação popular. Maluf encarna uma visão autoritária do Estado e na própria campanha manifestou a intenção de aplicar uma política truculenta na área da Segurança Pública, a exemplo do que já fez quando foi governador. Sua passagem pela Prefeitura deixou um rastro de destruição do poder público, de corrupção e de negociatas em torno das administrações regionais tornando essas instâncias em trincheiras privadas de apadrinhados políticos. Além disso, Maluf artucula hoje, junto com Antônio Carlos Magalhães, uma alternativa de direita para o país. Por tudo isso, Maluf não pode ser anistiado pelas urnas e o PT tem o dever moral de lutar para impedir sua volta.

2 - Conscientes do perigo que representa a volta do malufismo para a democracia, para a moralidade pública e para as políticas sociais e entendendo que o PT deve permanecer fiel à sua história de compromisso com as liberdades democráticas e de combate à direita truculenta, sustentamos que o partido deve assumir a responsabilidade de orientar o seu eleitorado a votar no candidato Mário Covas no segundo turno. Ao contrário do que ocorreu em 1992 e em 1996 quando o PSDB se omitiu de apoiar Suplicy na disputa contra Maluf e Erundina na disputa contra Pitta, o PT não deve se omitir nesse momento, assumindo uma posição clara perante a sociedade sobre sua opção no segundo turno.

O apoio do PT a Covas não significará nenhum compromisso com seu governo. O PT representa um projeto político diferente daquele representado pelo PSDB e por isso cobrará de um eventual governo Covas uma postura democrática com a oposição, com o poder legislativo e com os movimentos sociais, um maior empenho com investimentos em políticas sociais como saúde, educação e habitação popular, combate ao desemprego e probidade administrativa.

Certos de que essa é a posição que assegura coerência, responsabilidade e dignidade ao PT, subscrevemo-nos

 

 

José Genoino - Deputado Federal

Roberto Gouveia - Deputado Estadual

Carlos Neder - Vereador/Capital

Pedro Jacobi - Professor/USP

Marcos Manfredini - Chefe do Gabinete do Vereador Carlos Neder

Francisco Campos - Executiva do PT/SP

Márcia Barral - Executiva PT/SP

Aldo Fornazieri - Diretório Regional PT/SP

Arthur Scavone - Membro do PT/SP

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